Sobre o Blog




Bem vindos ao blog Jeito de Dizer.

Estou começando esse projeto com o objetivo de mostrar um pouco do meu próprio jeito de ver as coisas, e ir descobrindo o melhor jeito de dizê-las. Sou alguém que sempre gostou de histórias, muito independente da maneira como elas são contadas. Talvez por isso eu tenha percebido que muitas vezes elas dizem as mesmas coisas de maneira diferente.

Escolhi esse título por que era o que tinha disponível acredito que mais importante do que aquilo que alguém tem para dizer, é o modo que essa pessoa tem de dizê-lo. Foi o falecido Alan Rickman quem disse uma vez: "Há uma necessidade ancestral de se contar histórias. As histórias precisam apenas de um bom contador de histórias". Portanto, mais do que apenas falar sobre as histórias, esse é um lugar para também se discutir como as histórias são contadas.

Vale dizer que a nossa principal ferramenta para isso é a linguagem, apesar de não ser a única. E a línguagem é meramente uma ferramenta criada pelo homem, de maneira arbitrária, com o objetivo de transmitir a alguém aquilo que ele pensa e sente. Da mesma maneira que aquilo que pensamos e sentimos muda constantemente, também os nossos jeitos de dizer as coisas se mantêm em constante metamorfose.

Basta perceber quantas vezes temos que explicar para as crianças - ainda tentando entender e se adaptar às nossas imposições linguísticas - o que queremos dizer com as palavras que dizemos.

"Mamãe está puta" é só um jeito de dizer que mamãe está chateada.
"Papai é um corno" é só um jeito de dizer que mamãe cansou de esperar o papai entender que ela estava chateada.
"A vida é uma merda" é só um jeito de alertar a criança de que não vale a pena crescer.

E não são só as crianças. "Suave", até onde eu entendi, é apenas o novo jeito de dizer "irado", que, por sua vez, pouco tem a ver com ira. E, enquanto em alguns lugares entender o que dizem é "osso", em outros é "foda", o que, por sua vez, não tem muito a ver com a idéia de "foder". Pelo menos não literalmente - na maioria das vezes.

Assim, aqui procurarei pensar no modo como as  coisas são ditas, em como as histórias são contadas, e, por que não (?), também achar o meu próprio jeito de dizer as coisas.

Notem, porém, que não prometo sequer coerência. Por mais básico que o conceito lhes pareça, ele é contraditório, pelo menos para mim. Sou mais adepto da teoria cantada e imortalizada por Raul. Portanto, não se apeguem as histórias ou às ideias aqui expostas, nem mesmo a uma frase ou sequência aleatória de palavras. Apesar de me responsabilizar por elas, não prometo defendê-las eternamente.

Em outras palavras, não me levem tão a sério. Afinal, isso tudo é só um jeito de dizer sabe-se lá o quê.


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